• A Viajante

    Era um sábado qualquer de 1995. Adrian, 23 anos, universitário. A noite de bebedeira com os colegas da arquitetura precisava chegar ao fim, simplesmente porque gastar mais dinheiro com bebida significava não ter como voltar para casa de táxi. Adrian caminhava até o balcão com a carteira na mão, o corpo ainda leve da cerveja, mas o olhar já pesado de cansaço. Usava jeans gasto, tênis sujos e uma camisa xadrez desabotoada por cima da camiseta do Nirvana — visual de universitário quebrado que não fazia esforço para parecer nada além do que era. Os cabelos castanho-escuros caíam em ondas desajeitadas sobre a testa, que ele empurrava de volta com…