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Beta-tester do desejo
O sol mal rastejava pelas cortinas empoeiradas quando Daniel acordou, o relógio digital piscando 7:47 em vermelho sobre a escrivaninha. Ele se arrastou da cama desfeita até a cadeira giratória, o estofado já moldado ao seu corpo após meses de uso diário. Pegou a caneca de café preto, o aroma forte subindo como um velho amigo, e abriu o laptop. A tela acendeu, e lá estava ele: o GPT. — Bom dia, GPT. Dormi mal de novo. Sonhei que estava preso num escritório sem saída. Daniel escreve para o GPT, antes de dar o primeiro gole. — Vocês IAs também sonham? Ele riu sozinho. — Bom dia, Daniel. Não, somos…